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Brasília é a capital mais conectada do país, diz IBGE

O Distrito Federal não é apenas o centro político do Brasil, mas também...

O Distrito Federal não é apenas o centro político do Brasil, mas também o epicentro tecnológico. Uma nova pesquisa do IBGE, divulgada nesta quinta-feira (24/7), revela que a capital do país lidera com folga os indicadores de acesso à internet, posse de dispositivos e consumo de mídia digital, pintando o retrato de uma população altamente conectada. Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), referentes ao quatro trimestre de 2024, mostram que o DF tem os maiores percentuais de lares com internet, TV por assinatura e dispositivos inteligentes, consolidando-se como um verdadeiro “farol digital” no cenário nacional.

Quase todos os domicílios (95,4%) têm pelo menos um aparelho de televisão, com as modernas telas finas (LED, LCD, plasma) dominando completamente o cenário (96,2%). A TV de tubo está presente em 2,5 dos lares — ou seja, um a cada 40. A renda, no entanto, ainda dita a qualidade da imagem: a renda média em lares com TV de tela fina (R$ 3.634) é quase o dobro da registrada em casas com televisores antigos.

No universo da TV paga, o DF também é campeão, com 37,1% dos lares assinando pacotes de canais, o maior índice do país — em 2016, o índice estava em 53,5%. Curiosamente, o principal motivo para não ter o serviço não é apenas o preço (34,1%), mas a falta de interesse (53,9%). Isso se explica por outro dado impressionante: mais da metade dos domicílios (55,9%) já pagam por serviços de streaming, como Netflix, Globoplay, entre outros. Este número, também o maior do Brasil, mostra que o streaming não veio para substituir, mas para complementar a TV tradicional, já que 95,6% dos assinantes de streaming também assistem a canais de TV aberta ou paga.

A conectividade à internet é praticamente universal, com 98% dos lares do DF ligados à rede. Em uma mudança de comportamento, a banda larga fixa (89,9%) ultrapassou a móvel (89,2%) como a principal forma de conexão residencial em 2024. Além disso, a “casa inteligente” já é uma realidade para muitos: um em cada quatro domicílios com internet (25,1%) conta com dispositivos como assistentes de voz, câmeras e lâmpadas conectadas, mais um recorde nacional.

Quando o foco se volta para as pessoas, os números são igualmente expressivos. Em 2024, 95,9% da população do DF com 10 anos ou mais (2,7 milhões de pessoas) utilizaram a internet, tornando a capital a unidade da Federação com a maior proporção de usuários.

O acesso à rede democratizou-se entre diferentes grupos: as diferenças de uso entre homens e mulheres são mínimas, e a disparidade racial, que existia em 2016, praticamente desapareceu. O nível de instrução, no entanto, ainda é um fator relevante: enquanto 99,7% das pessoas com ensino superior usam a internet, o percentual cai para 86,2% entre aqueles sem instrução.

A idade também não é mais uma barreira intransponível. O uso da rede é massivo entre os jovens e adultos (acima de 98%), mas o destaque vai para a população mais velha: o DF tem a maior proporção de idosos (acima de 60 anos) conectados do país (84,8%).

E para que os brasilienses usam a internet? As principais finalidades são a comunicação, seja por chamadas de voz e vídeo (95,9%) ou mensagens de texto (92,9%). Assistir a vídeos, ouvir música, usar redes sociais e acessar serviços bancários vêm logo em seguida. O celular, claro, é a ferramenta indispensável: 99,1% dos usuários acessam a internet pelo aparelho.

A posse de um smartphone para uso pessoal também é a maior do Brasil, com 93,9% da população com 10 anos ou mais tendo o próprio aparelho. Para os poucos que ainda estão offline (114 mil pessoas), o principal motivo não é o custo, mas simplesmente não saber usar a tecnologia (52,6%).

Por Revista Plano B

Fonte Correio Braziliense      

Foto: Freepik

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