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Bolsonaro nega plano de fuga e diz que dólares apreendidos estavam “com recibo do Banco do Brasil”

Em declaração nesta sexta-feira (18/7), logo após sair da sede da Polícia Federal, onde...

Em declaração nesta sexta-feira (18/7), logo após sair da sede da Polícia Federal, onde colocou tornozeleira eletrônica, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negou qualquer intenção de fugir do país e rebateu suspeitas levantadas após a apreensão de cerca de R$ 7 mil em espécie e aproximadamente US$ 14 mil (dólares) em sua residência, durante operação da Polícia Federal. A busca e apreensão foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, no âmbito do inquérito que apura suposto financiamento e articulação internacional de atos antidemocráticos.

Questionado por jornalistas, Bolsonaro alegou que o valor em dólares tem origem legal. “Todo dólar pego lá tem o recibo do Banco do Brasil”, afirmou. “Esse valor era declarado, presidente?”, perguntou uma repórter. “O dólar em casa está com recibo. Eu tirei esse corrente ano. Declaro no ano que vem no Imposto de Renda”, respondeu.

As suspeitas ganharam força após o ex-presidente ser proibido de deixar Brasília e se aproximar de embaixadas, além de ter sido obrigado a usar tornozeleira eletrônica por ordem do Supremo Tribunal Federal. Para os investigadores, a presença de dinheiro em espécie pode indicar preparo para eventual fuga do país — o que Bolsonaro nega com veemência.

“Nunca pensei em sair do Brasil. Nunca pensei em ir para a embaixada”, declarou. Ao ser novamente confrontado sobre a hipótese de fuga, Bolsonaro minimizou: “Sair do Brasil é a coisa mais fácil que tem”.

A fala ocorre no mesmo momento em que a Justiça amplia o cerco a aliados do ex-presidente. Um dos focos do inquérito é a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, que atualmente se encontra nos Estados Unidos. O ex-presidente também abordou a situação do filho, dizendo que ele “vai continuar nos Estados Unidos” porque “se vier pra cá, vai ter problemas”.

Durante a coletiva improvisada, Bolsonaro se disse vítima de perseguição política e classificou as medidas cautelares como parte de um processo de “suprema humilhação”. “Ficam o tempo todo fustigando”, afirmou, ao criticar a quarta operação de busca e apreensão em sua residência desde o fim do mandato.

Por Revista Plano B

Fonte Correio Braziliense       

Foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press

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