A semana começou da mesma forma em que terminou a última: temor e mais temor nos mercados globais. Ainda pela manhã desta segunda-feira (7/4), no fuso horário do Brasil, as bolsas da Ásia já fechavam em quedas acentuada que na sessão anterior. Na China, os principais índices terminaram em baixa superior a 10%, com o Hang Seng Index, de Hong Kong, tendo o pior dia desde 1997, desabando 13,22%.
Já o índice de Xangai encerrou o pregão desta segunda em queda de 7,34%. Na mesma direção fecharam as bolsas do Japão (-7,34%), da Austrália (-4,23%) e da Coreia do Sul (-5,57%). Na bolsa de Dalian, na China, o minério de ferro encerrou mais um dia no campo negativo, com baixa de 3,36%, cotado a 762 iuanes a tonelada.
Líderes do governo chinês se reuniram neste domingo (6) com representantes de grandes empresas norte-americanas – como Tesla, GE, e Medtronic — para discutir “esforços extraordinários” contra o tarifaço de Trump. A informação foi divulgada pelo Diário do Povo, principal jornal do Partido Comunista Chinês, que explica ainda que as medidas excepcionais podem incluir flexibilização monetária e fiscal.
No Japão, o banco central do país avalia que a incerteza só cresce à medida em que as tarifas nos EUA são anunciadas. Em reunião trimestral, a instituição monetária avalia que a imposição das taxas de importação pode causar um novo aperto dos juros no país.
Na Europa, todos os índices abriram em forte queda. Na França, o CAC 40, de Paris, operava em queda de 4,78% às 12h35 (horário de Brasília). Por volta do mesmo horário, a bolsa de Frankfurt, na Alemanha, registrava queda de 4,19%, enquanto que em Londres (-4,48%), Milão (-5,26%) e Madrid (-5,11%) apresentavam movimentos similares.
Já nos Estados Unidos, a abertura das principais bolsas seguiu o movimento de queda global mais intenso. No entanto, ainda pela manhã, os índices começaram a oscilar e viraram para alta rapidamente, apesar de o movimento positivo ter durado pouco e as bolsas já virarem logo para baixa, novamente. Perto das 13h, o Dow Jones recuava 1,5%, enquanto que Nasdaq tinha baixa de 0,58% e S&P 500, de quase 1%.
Por Raphael Pati do Correio Braziliense
Foto: Frederic J. BROWN / Reprodução Correio Braziliense