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Após reunião de emergência no Planalto, Lula promete ‘reciprocidade’ ao tarifaço de Trump

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prometeu na noite desta quarta-feira...

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prometeu na noite desta quarta-feira (9/7) agir com “reciprocidade” em relação ao anúncio feito por Donald Trump de que produtos brasileiros serão importados aos Estados Unidos mediante tarifa de 50%. “Qualquer medida de elevação de tarifas de forma unilateral será respondida à luz da Lei brasileira de Reciprocidade Econômica”, garantiu Lula em trecho de publicação no X.

O tarifaço a produtos brasileiros foi anunciado por Trump, no final da tarde desta quarta, sob as justificativas de que a relação bilateral com o Brasil era deficitária aos EUA e que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) — seu aliado político — sofria abusos do estado brasileiro.  

A relação entre o Brasil e os EUA, disse Lula, é benéfica para os norte-americanos. “É falsa a informação, no caso da relação comercial entre Brasil e Estados Unidos, sobre o alegado déficit norte-americano. As estatísticas do próprio governo dos Estados Unidos comprovam um superávit desse país no comércio de bens e serviços com o Brasil da ordem de 410 bilhões de dólares ao longo dos últimos 15 anos”, publicou o presidente.

Quanto às acusações de que o estado brasileira fazia um “caça às bruxas” ao ex-presidente Jair Bolsonaro, Lula enfatizou a independência do pode judiciário. “O processo judicial contra aqueles que planejaram o golpe de estado é de competência apenas da Justiça Brasileira e, portanto, não está sujeito a nenhum tipo de ingerência ou ameaça que fira a independência das instituições nacionais”, pontuou.

Réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado, Jair Bolsonaro é julgado pelo ministro Alexandre de Moraes. A situação do ex-presidente também foi comentada por Lula. “No contexto das plataformas digitais, a sociedade brasileira rejeita conteúdos de ódio, racismo, pornografia infantil, golpes, fraudes, discursos contra os direitos humanos e a liberdade democrática”, detalhou.

Reunião de emergência

O comunicado do presidente Lula foi publicado após o petista participar de uma reunião de emergência convocada após o anúncio de que Trump taxaria em 50% as importações de produtos brasileiros aos Estados Unidos. Realizado no Palácio do Planalto, o Correio apurou que o encontro durou cerca de uma hora e teve a participação dos ministros da Casa Civil, Rui Costa, da Fazenda, Fernando Haddad, das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, o vice-presidente Geraldo Alckmin. 

Alckmin, antes de Trump confirmar a taxação de 50% de produtos brasileiros, havia classificado os comentários do norte-americano sobre Bolsonaro como “mal informados”. “Essa afirmação é totalmente equivocada. O presidente Lula ficou preso por quase dois anos e ninguém questionou o Poder Judiciário, ninguém questionou a democracia do Brasil. Isso (investigações contra Bolsonaro) é assunto interno do Judiciário”, comentou, em entrevista a jornalistas, durante regulamentação do programa Mobilidade Verde e Inovação (MOVER), que cria o programa Carro Sustentável.

O vice-presidente também também protestou contra a taxação dos produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos. “Não vejo razão para aumento de tarifas ao Brasil. O Brasil não é um problema para os Estados Unidos”, disse o vice-presidente. 

Por Revista Plano B

Fonte Correio Braziliense       

Foto: AFP

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