15.9 C
Brasília
domingo, maio 4, 2025

Outros posts

Apneia do sono também afeta crianças. Veja como identificar o distúrbio

Nesta quinta-feira (1º/5), o CB Saúde, parceria entre o Correio Braziliense e a TV Brasília, recebeu Jorge Faber,...

Nesta quinta-feira (1º/5), o CB Saúde, parceria entre o Correio Braziliense e a TV Brasília, recebeu Jorge Faber, ortodontista clínico, pesquisador e professor no programa de pós-graduação em Odontologia da Universidade de Brasília (UnB), onde ministra aulas nas disciplinas de odontologia baseada em evidências e estatística. 

O especialista detalhou como a apneia do sono pode interferir na qualidade de vida de quem sofre com o distúrbio, além de apresentar as terapias disponíveis para tratá-lo. Um dos pontos abordados por Faber é que crianças também podem ser afetadas pelo problema. 

A apneia do sono é um distúrbio respiratório caracterizado pelo fechamento da via aérea, que interrompe ou reduz a respiração por vários segundos durante a noite. O principal sintoma manifestado é o ronco. “Dependendo da população, de 1% a 5% das crianças têm apneia, com consequências graves. O distúrbio prejudica o crescimento, visto que o hormônio responsável por essa função é produzido durante o sono”, afirma o ortodontista. 

Além do crescimento, a apneia do sono interfere na memória das crianças, prejudicando seu desempenho escolar. “Alguns sinais de alerta incluem o ronco ou uma respiração ruidosa durante a noite, dificuldade em parar de fazer xixi na cama ou usar fralda e inquietação durante o sono, de forma que a criança se mexa muito nesse momento”, acrescenta Faber.

Assim como para os adultos, há terapias que ajudam a amenizar o problema nos pequenos. O uso do CPAP (dispositivo de pressão positiva contínua), por exemplo, fornece uma pressão suave e constante de ar, impedindo que as vias aéreas se fechem durante o sono. Aparelhos de avanço mandibular, colocados nos dentes superiores e inferiores, mantêm a mandíbula numa posição avançada, aumentando o calibre das via aéreas e reduzindo as obstruções. 

Faber destaca que todos os tratamentos demandam uma abordagem multidisciplinar, que associa, principalmente, odontologia e otorrinolaringologista. Além disso, fisioterapeutas e psicólogos do sono também são envolvidos nessas terapias. “As melhorias começam no primeiro dia de tratamento. E, vale lembrar: a melhora na qualidade do sono interfere na qualidade do dia e da vida da pessoa, visto que uma coisa depende da outra”, declara. 

Por  Letícia Mouhamad do Correio Braziliense

Foto: Correio Braziliense / Reprodução Correio Braziliense

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp