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Abin paralela espionou quase 1,8 mil celulares durante governo Bolsonaro, diz PF

O esquema de espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o...

O esquema de espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) monitorou quase 1,8 mil celulares entre fevereiro de 2019 e abril de 2021. É o que aponta o relatório das investigações da Polícia Federal (PF), que teve o sigilo retirado nesta quarta-feira (18/6). O documento indica que chamada “Abin Paralela” foi utilizada para espionar opositores da gestão Bolsonaro, entre parlamentares, jornalistas e membros do Poder Judiciário. 

De acordo com o relatório, 34 credenciais do programa israelense “First Mile” foram usadas para espionar 1.796 terminais telefônicos, resultando em 60.734 consultas feitas de forma irregular.

O software utilizado é capaz de rastrear celulares explorando vulnerabilidades nas redes de telefonia 2G e 3G do Brasil. Entre os monitorados estavam os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso.

Entre a lista de parlamentares monitorados estão Renan Calheiros (MDB), Omar Aziz (PSD), Gustavo Gayer (PL), Kim Kataguiri (União), Evair Vieira de Melo (PP) e João Campos (PSB), atual prefeito de Recife (PE). O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e sua esposa, Analine Castro, também foram investigados ilegalmente. 

O sistema utilizado pelas buscas foi adquirido por dispensa de licitação por R$ 5,7 milhões, sem autorização judicial. A PF identificou, ainda, consultas ilegais de geolocalização. De acordo com o documento, o então presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e a então deputada Joice Hasselmann chegaram a ser seguidos fisicamente. 

*Com informações da Agência Estado

Por Revista Plano B

Fonte Correio Braziliense       

Foto: Agência Brasil

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