Outros posts

Análise mostra a taxa de condomínio dos imóveis em Brasília

Com o maior volume de imóveis residenciais anunciados no Distrito Federal, Águas Claras...

Com o maior volume de imóveis residenciais anunciados no Distrito Federal, Águas Claras Norte, Samambaia Sul e Samambaia Norte registraram taxas médias mensais de condomínio que variam entre R$ 370 e R$ 720. Os dados são de um levantamento feito pela Loft. Ao todo, foram analisados cerca de dois mil anúncios ativos publicados nas principais plataformas digitais de venda e locação em outubro de 2025. As três regiões reúnem imóveis variados, que vão desde unidades mais compactas, para quem busca bom custo-benefício e praticidade, até apartamentos maiores, em condomínios com infraestrutura mais ampla. Esses motivos podem explicar a diversidade das taxas de condomínio registradas no levantamento. Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft, destacou que o volume de anúncios nessas regiões pode ser explicado principalmente pela dinâmica de construção e oferta do DF. “São locais que tiveram espaço para muitos empreendimentos, o que naturalmente resulta em uma oferta maior de imóveis”, afirmou. Além disso, ele apontou que esse comportamento não é pontual e se mantém ao longo do tempo. “As características imobiliárias não mudam rapidamente. Os bairros que têm boa oferta agora continuam sendo os mesmos meses depois, com poucas variações.” Fábio considerou que até as taxas de condomínio tendem a ser estáveis. “Elas mudam menos até do que o valor de venda dos imóveis”, completou. O levantamento também destacou as áreas com as maiores taxas absolutas de condomínio: Setor Noroeste (R$ 1.434), Asa Sul (R$ 1.113) e Asa Norte (R$ 772). As três têm em comum, edificações de alto padrão, com serviços mais completos e estruturas condominiais mais robustas, elevando os custos mensais. Nessas regiões com as maiores taxas de condomínio do DF, como salientou Fábio, o valor elevado está ligado principalmente ao tamanho e ao padrão dos imóveis. “Os apartamentos do Noroeste, por exemplo, têm em média 160 metros quadrados. Como os empreendimentos têm poucas unidades, há menos pessoas dividindo as despesas do condomínio, o que encarece o custo para cada família”, acrescentou. Como se tratam de áreas valorizadas, ele destacou que é levada em conta a expectativa dos moradores por serviços de alto padrão nos prédios, que também eleva os custos. Para Fábio, a combinação do tamanho dos imóveis e da qualidade dos serviços oferecidos nos condomínios é o principal fator por trás das taxas mais altas. De acordo com Fábio, o monitoramento desses dados foi feito através da análise de imóveis que estão à venda nas principais plataformas digitais no DF, já que de forma geral, esses anúncios costumam trazer características como o preço, metragem, quantidade de quartos e também, a taxa de condomínio. “A gente coleta essas informações e então temos a taxa de condomínio por bairro/região”, contou.

Fatores decisivos na hora da compra

Estudos da Loft apontam a taxa de condomínio como um dos três fatores mais determinantes na hora de escolher um imóvel. Fábio descreveu que esse é um fator muito importante por se tratar de um gasto que dificilmente diminuirá a longo prazo. “Até um financiamento imobiliário, dependendo da opção que o consumidor adotou, pode ter as parcelas diminuídas ao longo do tempo. Mas a taxa de condomínio é bem difícil de reduzir, e as pessoas prestam muita atenção nessa taxa, porque vai ser uma despesa fixa durante todo o período de moradia naquele imóvel”, disse. Junto com a taxa de condomínio, os outros dois fatores considerados na escolha de um imóvel são a localização e o tamanho da unidade. “Onde está o imóvel e as características do próprio imóvel — o tamanho e o estado da unidade — são coisas que vêm antes da taxa de condomínio, mas o condomínio também é bem importante”, complementou. Fabio apontou que esse estudo foi feito para ajudar as pessoas que estão na jornada de compra e aluguel de uma unidade para morar. “Porque com base nesses nossos dados, até a pessoa que está alugando, também consegue entender como é que está o mercado”, frisou. Assim, o consumidor pode comparar as taxas de condomínio, a localidade e ter mais noção dos preços. “Para ajudar a pessoa a tomar a melhor decisão na hora de buscar o seu novo lar.”

Regiões com maior volume de anúncios

  • Samambaia Sul: taxa de condomínio média de R$ 400; tíquete médio R$ 318.379; área média de 104 m²; 229 anúncios ativos.
  • Samambaia Norte: taxa de condomínio média de R$ 370; tíquete médio R$ 310.598; área média de 102 m²; 215 anúncios ativos.
  • Taguatinga Norte: taxa de condomínio média de R$ 468; tíquete médio R$ 595.452; área média de 193 m²; 145 anúncios ativos.
  • Águas Claras Norte: taxa de condomínio média de R$ 720; tíquete médio R$ 858.141; área média de 100 m²; 144 anúncios ativos.
  • Setor Habitacional Arniqueira: taxa de condomínio média de R$ 200; tíquete médio R$ 1.005.450; área média de 378 m²; 136 anúncios ativos.

Regiões com maiores taxas de condomínio

  • Setor Noroeste (Plano Piloto): taxa média de R$ 1.434; tíquete médio R$ 2.453.838; área média de 160 m²; 83 anúncios ativos.
  • Asa Sul (Plano Piloto): taxa média de R$ 1.113; tíquete médio R$ 1.383.463; área média de 129 m²; 127 anúncios ativos.
  • Asa Norte (Plano Piloto): taxa média de R$ 772; tíquete médio R$ 1.099.716; área média de 96 m²; 120 anúncios ativos.
  • Águas Claras Norte: taxa média de R$ 720; tíquete médio R$ 858.141; área média de 100 m²; 144 anúncios ativos.
  • Águas Claras Sul: taxa média de R$ 698; tíquete médio R$ 738.977; área média de 83 m²; 134 anúncios ativos.
Por Revista Plano B Fonte Jornal de Brasília Foto: Agência Brasília
Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp