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Pacheco evita falar sobre STF e não descarta disputar governo de Minas em 2026

Durante coletiva nesta quinta-feira (23/10), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), comentou...

Durante coletiva nesta quinta-feira (23/10), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), comentou as especulações de que seu nome estaria entre os cotados para ocupar a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF). O parlamentar afirmou que recebe com honra as menções, mas destacou que a escolha é uma atribuição exclusiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “É uma honra ser lembrado para uma posição tão relevante como essa. Mas isso não depende de mim. Não se faz campanha para esse tipo de vaga, e também não se recusa um convite”, disse.

Pacheco ressaltou que, durante sua gestão à frente do Senado, buscou manter uma relação de respeito e equilíbrio com o Judiciário. “Tivemos momentos de desafios e contraposições, mas sempre num ambiente civilizado”, afirmou. Ele também relembrou a proposta de emenda constitucional (PEC) aprovada pela Casa em 2023 que limita decisões monocráticas nos tribunais superiores. Segundo ele, o objetivo da medida é “garantir que o colegiado do Supremo tenha a palavra final sobre a constitucionalidade de leis aprovadas pelo Congresso e sancionadas pelo presidente da República”.

Sobre o futuro político, o senador não descartou a possibilidade de disputar o governo de Minas Gerais em 2026. “As manifestações de apoio que recebo de segmentos políticos e da sociedade são motivo de orgulho. O presidente Lula já demonstrou entusiasmo com meu futuro político, mas essa é uma decisão que devo tomar à luz de diversas circunstâncias.” 

Pacheco lembrou que, após 12 anos de vida pública, considerou se afastar da política para retomar a advocacia, mas reconheceu que avalia os apelos para uma nova candidatura.

O mineiro fez questão de destacar ainda que o estado tem “quadros relevantes” capazes de disputar as próximas eleições. “Independentemente de eu participar ou não, Minas tem nomes importantes que podem ocupar espaços no governo, na vice ou no Senado. O que precisamos é de representantes que tratem dos temas reais da população, e não da lacração nas redes sociais”, disse.

O parlamentar citou projetos de sua autoria, como a lei das vacinas, o código de defesa do contribuinte e a proposta que regulamenta a inteligência artificial, como exemplos de um trabalho que busca resultados concretos.

Ao avaliar o atual governo mineiro, comandado por Romeu Zema (Novo), Pacheco foi crítico. “Minas poderia estar em situação muito melhor. O estado tem uma dívida praticamente impagável e falta diálogo com o governo federal. Essa hostilidade prejudicou o estado e reduziu seu protagonismo nacional”, afirmou. Segundo ele, é preciso reconstruir pontes com Brasília e retomar a capacidade de articulação política para destravar investimentos e obras.

Por fim, Pacheco defendeu que as forças políticas mineiras cheguem a um consenso até o fim do ano. “Minas precisa de um projeto de desenvolvimento e de líderes comprometidos com o interesse real da população. O diálogo é fundamental para que possamos definir bons nomes para o governo, a vice e o Senado. Essa construção deve ser coletiva, democrática e responsável”, concluiu.

Por Revista Plano B

Fonte Correio Braziliense

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

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