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Oito em cada 10 brasileiros querem usar serviços de saúde digital, aponta Sesi

A saúde digital já caiu no gosto dos brasileiros, mas ainda enfrenta barreiras...

A saúde digital já caiu no gosto dos brasileiros, mas ainda enfrenta barreiras para se consolidar. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Nexus a pedido do Serviço Social da Indústria (Sesi) mostra que 78% da população tem interesse em usar algum tipo de serviço digital no futuro, como teleconsultas, agendamento on-line e prescrição eletrônica de medicamentos. Apesar do entusiasmo, a falta de confiança nos atendimentos virtuais e a dificuldade de acesso à internet ainda aparecem como os principais obstáculos.

Os dados, que foram apresentados nesta terça-feira (23/9) durante o evento Conecta Saúde, em São Paulo, foram colhidos entre 13 e 15 de maio de 2025, em entrevistas presenciais com mais de 2 mil pessoas em todos os estados. O levantamento mostra que seis em cada 10 brasileiros já experimentaram a saúde digital e pretendem continuar, enquanto dois em cada 10 nunca usaram, mas têm vontade de testar.

Entre os serviços mais buscados estão as consultas por vídeo, conhecidas como telemedicina, e os aplicativos de agendamento de consultas e exames. O celular é o grande aliado nessa jornada: 96% dos usuários recorrem ao aparelho para acessar as plataformas, enquanto canais como telefone e WhatsApp, aplicativos de plano de saúde e o Conect SUS lideram as portas de entrada.

Para quem já passou pela experiência, foi positiva. Oito em cada 10 usuários relatam satisfação com os atendimentos digitais, seja pela praticidade, pela rapidez ou pelo bom atendimento recebido. Esse índice cresceu em relação a 2023, quando a aprovação era de 73%, hoje, ela representa 81%. Ainda assim, há quem critique a superficialidade de alguns atendimentos, além de problemas técnicos e demora no agendamento.

O superintendente de Saúde e Segurança do SESI, Emmanuel Lacerda, afirma que a saúde digital amplia o acesso a serviços de qualidade, especialmente em regiões com escassez de profissionais ou infraestrutura. “Ela permite atendimento mais rápido, redução de filas, monitoramento contínuo de condições de saúde e maior integração entre diferentes perspectivas do cuidado. Além disso, favorece a prevenção, ao oferecer ferramentas de autogestão e programas personalizados de bem-estar, resultando em mais qualidade de vida e produtividade.”

Ele explica que o desafio agora é democratizar esse acesso. “É uma oportunidade concreta de ampliar o acesso, qualificar os serviços e fortalecer a integração entre pacientes, profissionais e instituições. O grande desafio é garantir que esses avanços cheguem a toda a população, o que exige investimentos em conectividade e capacitação digital”, diz.

Além disso, Emmanuel destaca que a confiança da população depende de três frentes: proteção de dados com padrões elevados de segurança, capacitação de profissionais para oferecer atendimento humanizado também no ambiente online e campanhas de conscientização que mostrem os resultados positivos.

O estudo também revela que jovens entre 25 e 40 anos, pessoas com ensino superior e rendas mais altas estão mais abertos ao uso da tecnologia. Já a resistência é maior entre os mais velhos, que preferem o contato presencial e apontam insegurança em relação ao atendimento digital. 

Por Revista Plano B

Fonte Correio Braziliense

Foto: Freepik

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