Outros posts

Zoo Noturno encanta com visita guiada e contato com animais notívagos

A noite é conhecida por dificultar a visão. Mas no passeio Zoo Noturno,...

A noite é conhecida por dificultar a visão. Mas no passeio Zoo Noturno, essa lógica se inverte. É depois que o sol se põe que os animais notívagos se mostram, para o deleite de quem vive a experiência. O projeto sazonal do Zoológico de Brasília — um dos mais procurados da instituição — oferece visitas guiadas das 19h às 21h, a fim de que os visitantes possam ver e saber mais sobre os bichos de hábitos noturnos.

São dois passeios por semana, às terças e quintas-feiras, para grupos de até 30 pessoas. A iniciativa ocorre sempre no início e no meio do ano. Quando as inscrições abrem, é preciso correr: para este semestre, por exemplo, todas as 800 vagas já foram preenchidas.

“O Zoo Noturno é uma oportunidade única para que a população vivencie a biodiversidade de uma forma diferente, em um horário em que muitos animais têm maior atividade. Além de proporcionar uma experiência inesquecível, a iniciativa tem como principal objetivo despertar a consciência ambiental, aproximando as pessoas da natureza e reforçando a importância da conservação das espécies”, destacou o diretor-presidente do Zoológico de Brasília, Wallison Couto.

Roteiro

O passeio começa com uma visita ao recinto da elefante Belinha — todos os animais, aliás, são apresentados aos visitantes pelo nome, com informações também sobre sua origem. Na sequência, vêm zebra, hipopótamo, jacaretinga, onça-pintada, serpentes, anta, tatu-bola, raposa, lobo-guará e veado-catingueiro.

Com as antas ocorre um dos momentos que mais divertem a criançada: uma interação, na qual é possível alimentar o maior mamífero terrestre da América do Sul. Foi a parte preferida de Emanuele Nunes, 10 anos. “O que mais gostei foi de alimentar. Já tinha vindo ao zoológico muitas vezes, mas de noite foi a primeira”, contou. A pequena Íris Almeida, 7, também elegeu a interação como o que mais gostou do passeio. E já pediu para voltar ao zoo outras vezes.

Emanuele estava acompanhada da avó, Denise Bontempo, 54. “Já conhecia o passeio, porque eu era professora da rede e trazia meus alunos. Aí agora vim trazer a minha neta para conhecer e ver como é bacana. Porque é uma oportunidade que não é sempre que acontece, não é sempre que o zoológico disponibiliza esse momento. Realmente vale a pena”, apontou.

Memórias assim, entre avó e neta, aliás, foram o motivo de Bianca Almeida, 31, levar a filha Íris para o Zoo Noturno. “É uma recordação que trago desde a infância, eu vinha com a minha família, com a minha avó já falecida e ela deixou um significado muito grande pra mim. E eu passo isso para a minha filha, ela ama vir aqui, sempre que possível a gente traz”, relatou.

A atividade é aberta a quase todas as idades. A recomendação é que as crianças tenham pelo menos 8 anos — sendo 5 anos o mínimo permitido. Mas não há limite máximo. Fernando Lordão, 43, por exemplo, foi com a família toda, incluindo a mãe, Marisa Ferreira, de 82, e o tio, Fernando Ferreira, de 87. “São 11 pessoas, sendo que três moram em João Pessoa e vieram a Brasília para o fim de semana. No noturno é muito bacana, sem sol, não cansa para andar. Só trouxe minha mãe porque era assim”, pontuou. “Eu achei maravilhoso, já conhecia, já tinha vindo aqui muitas vezes, mas hoje foi sui generis”, emendou o decano do grupo.

Outra integrante da família, Margonete Ferreira, 52, elogiou o fato de o passeio contar com guias: “Quando você vai passear sozinho — e eu passeio muito no zoológico —, vêm várias curiosidades e nem tudo está naquela plaquinha. Aí a gente fica curiosa, doidinha para saber. Com o guia é um diferencial”, avaliou. “Eu sempre fecho o zoológico, hoje mais do que fechei”, completou, aos risos.

Guias

Durante o passeio, os frequentadores são acompanhados por educadores qualificados, que dão mais informações sobre os animais e garantem a segurança do público. “É sempre muito gratificante receber os visitantes, porque a gente consegue passar a ideia da educação ambiental, que é a ideia de gente conservar e preservar as espécies aqui do zoológico, explicar para eles o objetivo do zoo como fonte de refúgio para esses animais, muitos resgatados de tráfico, de acidentes que acontecem na natureza. O pessoal também gosta bastante, é algo diferente, que sai do habitual”, ressaltou o tratador Mateus Caixeta, um dos guias.

“É muito importante a gente também poder passar esse carinho [que tem com os animais] e mostrar que não é só trabalho aqui dentro, tem muito amor envolvido, muito cuidado. Todo mundo aqui do zoológico tem muito esse amor, essa vontade de conservar e preservar essas espécies. Eu gosto muito de fazer, gosto de poder trazer essa visão diferente para as crianças também, porque eu acho que elas são o futuro”, arrematou a outra integrante da dupla de guias, a tratadora Camila Baqueiro.

Por Revista Plano B

Fonte Agência Brasília

Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp