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Projeto ‘Eu Já Tive a Sua Idade’ estreia em escola do Gama promovendo encontro entre gerações

“Foi um prazer enorme participar dessa experiência, contar um pouco da minha trajetória...

“Foi um prazer enorme participar dessa experiência, contar um pouco da minha trajetória e ouvir também as meninas. Elas estavam muito interessadas, fizeram várias perguntas, e isso me comoveu. Senti que realmente interagiram e eu também aprendi com elas. Trabalhar com jovem é não envelhecer.” O depoimento emocionado é da professora Silvia Seabra, 80 anos, convidada especial da primeira edição do projeto Eu Já Tive a Sua Idade, ocorrida na manhã desta sexta-feira (22), no Centro de Ensino Médio Integrado (Cemi), no Gama.

Idealizada pela Secretaria de Justiça e Cidadania do DF (Sejus-DF), a iniciativa aproxima estudantes da rede pública de pessoas idosas que marcaram a vida cultural e social do Distrito Federal, promovendo um diálogo em formato de bate-papo. O projeto é inspirado no Meninas em Ação, programa do Governo do Distrito Federal (GDF) que incentiva o empoderamento feminino por meio da vivência de alunas da rede pública em instituições de poder.

Nesta estreia, mais de 150 alunas tiveram a oportunidade de conversar com Silvia Seabra, reconhecida por seu trabalho em palestras sobre envelhecimento, etarismo e preparação para o futuro. Além dela, também participou do encontro a aposentada Maria da Conceição Boaventura, 76 anos, moradora do Gama há mais de seis décadas e presença ativa nas atividades do programa Viver 60+, coordenado pela Sejus. 

Ao compartilhar lembranças da adolescência, desafios do casamento e vivências com as netas, Maria da Conceição destacou a emoção de se sentir cercada, “como se tivesse 150 netas preocupadas com o futuro, interessadas em ouvir conselhos para superar as dificuldades da vida”.

Jovens protagonistas

As estudantes se mostraram curiosas e engajadas. Perguntaram às convidadas sobre os conflitos familiares, como eram as escolas e o mercado de trabalho no passado, os relacionamentos amorosos, a condição das mulheres em outras épocas, as perdas e desafios da vida adulta e o significado de envelhecer.

Para a aluna Maria Gabriela Novais, 16 anos, a experiência foi inspiradora. “Elas dividiram com a gente sabedoria e conhecimento, e isso nos ajuda a trilhar um caminho mais seguro. Ver a trajetória de luta dessas mulheres nos incentiva a acreditar que também podemos conquistar nosso futuro.”

Sua colega, Maria Eduarda França, 16 anos, completou: “O que aprendemos aqui nos dá força para enfrentar nossos desafios. Um dia, queremos estar no lugar delas, compartilhando nossas vitórias com outras gerações”.

Para a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, idealizadora do projeto, o entusiasmo das alunas confirma a relevância da iniciativa. “O brilho nos olhos das meninas e a empolgação com que participaram do encontro mostram a força dessa troca intergeracional. Quando conectamos jovens e pessoas idosas, construímos pontes de respeito, aprendizado e valorização da experiência de vida.”

Itinerância confirmada

O projeto tem caráter itinerante e já tem duas próximas edições confirmadas: 28 de agosto, às 9h15, no Centro de Ensino Médio Setor Oeste (Cemso), 912 Sul; e 29 de agosto, às 9h, no Centro de Ensino Médio (CEM) 01 de Planaltina. Nesses encontros, as estudantes terão a oportunidade de dialogar, respectivamente, com Jane Godoy, colunista e referência no jornalismo social do DF, e com a jornalista e apresentadora de rádio e TV Mônica Nóbrega.

*Com informações da Secretaria de Justiça e Cidadania

Por Revista Plano B

Fonte Agência Brasília

Foto: Jhonatan Vieira/Sejus

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