O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), explicou, nesta quinta-feira (14/8), como está sendo a apuração da conduta de deputados federais que obstruiram as atividades na Casa Legislativa na semana passada. Motta detalhou que a denúncia foi encaminhada para a Corregedoria e os parlamentares envolvidos já estão sendo notificados e deve haver uma manifestação do órgão em até 45 dias.
Motta também destacou que a Câmara não pode permitir que a situação se repita. “Mais desequilíbrio não vai resolver situação na Câmara. Temos que ser firmes, mas também exige serenidade”, disse, em entrevista à GloboNews.
O presidente da Câmara também destacou que é necessário reconhecer a realidade do Brasil como ela é. “Dizer que estamos vivendo tempos normais seria um ato de muito otimismo”, citou. “Nós temos um ambiente de instabilidade institucional, uma realidade às vezes de conflagração entre os Poderes. Nós temos Bolsonaro julgado no STF e já com a decisão de prisão domicilar, e penso que isso também ajudou para que esse clima de ebulição na Casa fosse exercido pelos parlamentares que o apoiam. Nós temos um ambiente internacional também de muito instabilidade diante das decisões de Trump”, acrescentou.
Motta ainda disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já está se preparando para um quarto mandato e que esse “ambiente de antecipação eleitoral” corrobora para o cenário de instabilidade institucional no país.
O presidente da Câmara também comentou sobre o caso do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos desde fevereiro. “Eduardo quando foi para os EUA sabia que era incompatível com o papel parlamentar. Quando parte na atuação em um trabalho contra o país, eu não acho razoável. Essa atitude nós temos total discordânca. Não podemos colocar o interesse pessoal acima do país”, avaliou.
Por Revista Plano B
Fonte Correio Braziliense
Foto: Marina Ramos/Câmara