Planejar uma viagem envolve muito mais do que escolher o destino e reservar hospedagem. Entre passagens, roteiros e bagagens, um item essencial costuma passar despercebido: o seguro viagem. Seja para uma escapada de fim de semana no Brasil ou uma temporada na Europa, contratar esse serviço pode ser a diferença entre uma experiência tranquila e um verdadeiro perrengue.
O seguro viagem funciona como uma rede de proteção contra imprevistos que podem surgir longe de casa. Desde emergências médicas até extravio de bagagem, ele oferece suporte e cobertura financeira para situações que, sem o serviço, poderiam gerar gastos inesperados e muita dor de cabeça. E não é só no exterior que ele é útil: mesmo em viagens nacionais, o seguro pode complementar ou substituir o plano de saúde, especialmente em deslocamentos para regiões fora da área de cobertura.
Com o aumento do número de brasileiros viajando para fora — mais de 22 milhões em 2024, segundo o Ministério do Turismo— cresce também a necessidade de se proteger. A seguir, mostramos por que o seguro viagem deve estar no topo da sua lista de prioridades antes de embarcar.
Atendimento médico sem sustos
Problemas de saúde não escolhem hora nem lugar. Uma dor de dente em Paris ou uma torção no tornozelo em Bonito podem sair caro — e rápido. Em países como Estados Unidos e Japão, uma simples consulta pode ultrapassar US$ 500. O seguro viagem cobre despesas médicas e hospitalares, incluindo internações, exames e até medicamentos, evitando que o turista precise desembolsar valores altos do próprio bolso.
No Brasil, o serviço também é útil. Muitos planos de saúde têm cobertura regional, e o seguro viagem garante atendimento em qualquer estado, além de serviços como traslado médico e regresso sanitário.
Bagagem extraviada? O seguro viagem ajuda
Quem já ficou sem mala sabe o transtorno que isso causa. O seguro viagem oferece indenização em caso de extravio, roubo ou dano de bagagem. Algumas apólices incluem até assistência para localização dos pertences e reembolso por itens essenciais comprados durante o período sem a bagagem.
Cancelamentos e atrasos de voos cobertos
Voos atrasados, conexões perdidas e cancelamentos de última hora são mais comuns do que se imagina. O seguro viagem pode cobrir gastos com hospedagem extra, alimentação e até remarcação de passagens. Em alguns planos, há cobertura para interrupção da viagem por motivos médicos ou familiares.
Apoio jurídico e repatriação
Em situações mais delicadas, como acidentes de trânsito ou falecimento, o seguro oferece assistência jurídica e cobertura para repatriação do corpo. Esses serviços são especialmente importantes em países com legislação diferente da brasileira e onde os custos podem ser altíssimos.
Seguro viagem é obrigatório em vários destinos
Na Europa, o Espaço Schengen exige que turistas tenham um seguro com cobertura mínima de 30 mil euros para despesas médicas e hospitalares. Sem ele, a entrada pode ser negada na imigração. Cuba, Argentina e alguns países do Oriente Médio também exigem o serviço. Mesmo onde não é obrigatório, como nos EUA e Canadá, é altamente recomendado.
Cartões de crédito oferecem, mas atenção às regras
Alguns cartões de crédito, especialmente os das categorias Platinum e Black, oferecem seguro viagem gratuito. Mas é preciso ativar o benefício e verificar as condições: em muitos casos, é necessário comprar a passagem com o próprio cartão e emitir o certificado antes do embarque. Além disso, os limites de cobertura podem ser menores que os de planos pagos.
Como escolher o melhor plano
O ideal é contratar o seguro com antecedência, comparando coberturas e preços em plataformas confiáveis como Seguros Promo, Real Seguro Viagem ou diretamente com seguradoras como Allianz, Assist Card e SulAmérica. Avalie o destino, duração da viagem, idade dos viajantes e atividades previstas. Para quem vai praticar esportes ou está grávida, é importante verificar se há cobertura específica.
Viagem nacional também merece proteção
Mesmo sem exigência legal, o seguro viagem nacional é recomendado para deslocamentos acima de 70 km da residência. Ele cobre emergências médicas, extravio de bagagem, atraso de voo e até assistência jurídica. É uma opção acessível e útil, especialmente para quem não tem plano de saúde com cobertura nacional.
Por Revista Plano B
Fonte Catraca Livre
Foto: Reproução