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Para Flávio Bolsonaro, aprovar anistia seria prova de boa vontade com Trump

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) propôs, ontem, entre entrevista à Globo News, que o Brasil...

senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) propôs, ontem, entre entrevista à Globo News, que o Brasil ceda às pressões do presidente Donald Trump como o melhor caminho para que o tarifaço seja suspenso. Para o parlamentar, o Brasil não vive uma normalidade institucional, tanto que concorda com o líder norte-americano que há uma “caça às bruxas” ao ex-presidente Jair Bolsonaro e a seus apoiadores. Ele, inclusive, sugeriu que a aprovação do projeto de anistia aos extremistas que invadiram as sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023, seria uma importante demonstração de boa vontade junto a Trump para que a taxação de 50% aos produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos seja suspensa.

“Nós estamos aqui discutindo como é que se sai dessa enrascada e eu estou falando qual é o caminho. A gente sai dessa enrascada voltando o Brasil à normalidade. Para começar, eu imagino que para isso — e vai ser um gesto importante — é aprovar uma anistia ampla, geral e irrestrita, já que na carta ele fala claramente que há uma caça às bruxas contra Bolsonaro”, disse o senador, acrescentando que desde que seu pai foi presidente o Judiciário tentou impedi-lo de trabalhar.

“Várias vezes, houve interferência direta no Executivo, fazendo de tudo para dificultar um governo do presidente Bolsonaro e isso se repetiu dentro da eleição com Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, desequilibrando completamente a disputa eleitoral que tínhamos contra o Lula”, afirmou.

Flávio argumentou, assim como tem feito o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o ex-presidente, que a crise com os EUA só será resolvida se o Brasil, supostamente, retomar a “normalidade institucional”. O senador confessou-se surpreso com a violência da resposta de Trump em impor o tarifaço, pois a informação que tinha era de que seu irmão — que está em território norte-americano desde o fim de março — só havia conseguido costurar sanções direcionadas especificamente ao ministro Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que julga o pai dos dois parlamentares por tentativa de golpe de Estado. 

“Também fiquei surpreso com uma taxa de 50% sobre os produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos. O Eduardo Bolsonaro estava lá trabalhando e o que a gente tinha notícia aqui era que havia uma costura para alguma sanção ao Alexandre de Moraes”, admitiu, aproveitando para culpar o governo brasileiro e o Supremo Tribunal Federal de uma suposta perseguição política e pela incapacidade, em sua análise, de dialogar com os norte-americanos.

“Estou angustiado, preocupadíssimo. E mais preocupado ainda porque o presidente é o Lula. Uma pessoa que não tem o menor respeito nem capacidade ou estatura moral para negociar com o Trump. Ainda mais com o perfil do Trump, que é agressivo em suas negociações”, observou.

Na entrevista, Flávio não fez críticas diretas a Trump, tanto que, segundo ele, a “preocupação” do presidente norte-americano é com o futuro da democracia brasileira. “A gente tem que entender tudo porque a sanção que o Trump impõe não é meramente econômica, todos nós sabemos. Ela tem um viés, sim, político. Trump olha para a América do Sul e enxerga muito claramente para onde o Lula está levando o nosso país”, acredita.

Por Revista Plano B

Fonte Correio Braziliense       

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

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