A governadora em exercício do DF, Celina Leão, participou da edição desta quarta-feira (9/7) do CB.Poder — parceria entre o Correio Braziliense e a TV Brasília. Às jornalistas Denise Rothenburg e Mariana Niederauer, a chefe do Executivo falou sobre o programa Acolhe DF e o novo modelo de atendimento às populações em situação de vulnerabilidade. “Ninguém merece viver na rua. Às vezes as pessoas se acostumaram com aquilo, mas essa não é uma condição em que um ser humano nasceu para viver”, disse.
Durante a entrevista, Celina destacou o lançamento de um novo fluxograma de atendimento às pessoas em situação de rua, por meio do programa Acolhe DF. “Estamos fortalecendo a busca ativa, não somente a Secretaria de Desenvolvimento Social, mas todas as administrações poderão fazer essa busca. Lembrando que essa internação não pode ser obrigatória, deve ser voluntária”, explicou.
Segundo a governadora, o foco do programa é o acolhimento, tratamento, capacitação e reinserção social. “Assinei um decreto para a criação desse fluxograma de atendimento, que visa o tratamento da dependência química e a reinserção dessas pessoas no mercado de trabalho e na sociedade. Queremos buscar essa pessoa na rua, cuidar, qualificar e colocar para trabalhar. Entendemos esse trabalho como um ciclo completo”, declarou.
Celina relatou que participou de uma ação de busca ativa. “Devemos dar o exemplo. Vi muitas pessoas que queriam sair dessa condição de situação de rua, e vamos ajudar”, ressaltou.
Segurança pública
A chefe do Buriti afirmou que, em meio à demanda das pessoas em situação de rua, há o problema do tráfico de drogas. “Estamos mapeando a situação com a Secretaria de Segurança para executar um trabalho em conjunto. Há questões que se tratam de tráfico de drogas e não sobre a população em situação de rua. Esses indivíduos têm uma outra moradia, mas usam aquelas construções temporárias para traficar. Isso não será permitido no DF e não vamos tolerar. A população precisa ter o Estado firme e agindo por ela”, ressaltou.
Sobre os serviços voltados para mulheres em situação de vulnerabilidade, Celina assinalou a expansão da rede de acolhimento. “O GDF tem 31 equipamentos e cada um deles tem um perfil para fazer os seus respectivos atendimentos, mas todos eles trabalham em redes. A ideia é que a mulher tenha um atendimento muito próximo da sua residência. Em Santa Maria, por exemplo, temos sete comitês voltados às mulheres, que ficam nas administrações. São salas totalmente adaptadas para atender às vítimas de violência doméstica, porque muitas delas não querem ir a uma delegacia. Elas vão atrás de informação e acolhimento, e esses espaços estão preparados para atender essas mulheres”, reforçou a governadora.
Por Revista Plano B
Fonte Correio Braziliense
Foto: Bruna Gaston CB/DA Press