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Diretor de “Superman” diz ter encontrado o “maior astro do cinema mundial”

Enquanto o diretor James Gunn, 58, entrava para a entrevista sobre o novo “Superman”,...

Enquanto o diretor James Gunn, 58, entrava para a entrevista sobre o novo “Superman”, o consagrado criador de Hollywood não parecia trazer ego algum consigo — apenas, curiosamente, sua esposa e um assessor de imprensa.

Mas quando perguntado sobre David Corenswet, o ator formado em Julliard que ele escalou como o novo Homem de Aço, Gunn sorriu com um certo orgulho. “Sim, eu tenho um pouco de ego quanto a isso”, disse com um sorriso brincalhão.

Ele se referia à sua habilidade em transformar atores relativamente desconhecidos em grandes estrelas — como fez com Chris Pratt em “Guardiões da Galáxia” (2014). Três anos depois, o ator recebeu uma estrela na Calçada da Fama e continua sendo um astro.Play Video

“Acho que sou muito bom em encontrar pessoas que se tornam grandes estrelas”, disse Gunn. “Acho que David Corenswet é o maior astro do cinema mundial, e as pessoas só ainda não sabem disso. Eu disse a mesma coisa sobre o Chris Pratt. Existem pouquíssimos que têm talento para atuação, para comédia, e ainda por cima são extremamente bonitos.”

Fim da falsa modéstia de Gunn. Ele não tem problema em admitir que está nervoso e que muito depende do sucesso do novo “Superman”, previsto para estrear em 11 de julho. O profissional não é apenas roteirista e diretor — é também co-CEO do recém-criado DC Studios, responsável pela superprodução.

Até o primeiro trimestre do ano, “Superman” era considerado o filme decisivo do calendário da Warner Bros. em 2025. Os sucessos de “Minecraft” e “Sinners” aliviaram parte da pressão, mas não totalmente: este é o primeiro lançamento sob o selo DC Studios, e Gunn, junto com o co-CEO Peter Safran, está lançando um novo universo cinematográfico baseado em personagens da DC como Supergirl e Batman.

Mas, antes de tudo, “Superman” precisa funcionar.

“Minha esposa, que está ali, tenta me acalmar, e ela faz o melhor que pode”, disse ele. “Mas eu tento manter a sobriedade possível. Tento seguir uma filosofia estoica sobre essas coisas e não me apegar a críticas negativas ou elogios demais.”

Gunn afirmou que fez “Guardiões da Galáxia” por amor ao cinema. Já “Superman” nasceu de sua paixão pelos quadrinhos, que, segundo ele, o ajudaram a aprender a ler quando ainda tinha três anos e só observava as imagens.

“Quis recriar o mundo em que entrei quando criança e trazer isso para o público de todas as idades”, explicou.

No novo filme, “Superman” enfrenta um cenário inusitado: a opinião pública o questiona enquanto adversários espalham medo e dúvidas sobre sua origem alienígena — tudo para alimentar seus próprios interesses políticos e corporativos. Redes sociais e especulações televisivas formam paralelos claros com a sociedade atual.

“Tudo surgiu da pergunta: e se isso fosse real?”, disse Gunn sobre o roteiro.

O vilão corporativo é Lex Luthor, o clássico inimigo do Superman. Aqui, ele pode lembrar um “tech bro” moderno, com fome de poder e dinheiro, mas Gunn afirma que ele não foi inspirado em nenhuma figura real.

“Quis trazer um pouco dessa masculinidade de Wall Street”, explica. “As corporações se tornaram incrivelmente poderosas — quase tanto quanto os governos, talvez até mais.”

Luthor é interpretado por Nicholas Hoult, que segundo Gunn foi um dos “atores realmente famosos” que fizeram testes para o papel principal (ele não revela os outros nomes). Mas no teste, o diretor viu outro potencial.

“Fiquei pensando: esse cara é o Lex. Ele é o Lex”, disse . “E o que ele entregou foi ainda mais do que eu imaginava. Acho que ele captou perfeitamente o Luthor clássico dos quadrinhos.”

Mas isso não quer dizer que o “Superman” de Gunn seja sombrio. O roteiro está repleto de diálogos espirituosos, marca registrada da franquia “Guardiões”. E sim, Superman agora tem um cachorro fofo, o Krypto — inspirado no cão caótico de Gunn.

“Alimentamos o cão, mas ele é indomável”, dizem os robôs a Superman depois que Krypto destrói a Fortaleza da Solidão.

“As pessoas estão adorando o Krypto”, disse Gunn sobre os primeiros retornos.

Ele garante que não buscou mudar deliberadamente o tom mais escuro de filmes anteriores do Superman. Mas, ao ser perguntado sobre outro filme estilo “Batman vs Superman”, sua visão para o futuro da DC fica clara:

“Nunca vimos no cinema Superman e Batman como os melhores amigos que são nos quadrinhos”, disse. “E é para aí que quero levar isso.”

Mas antes de qualquer outra coisa, Gunn espera que o público goste do seu “Superman” — o filme mais difícil que ele já fez, e o que seu “eu” criança sempre sonhou ver.

“Espero que ele fale com as pessoas tanto quanto fala comigo”, disse. “(É) sobre alguém que é realmente bom num mundo que nem sempre é… e acho isso muito bonito.”

Por Revista Plano B

Fonte CNN Brasil

Foto: Instagram/James Gunn

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