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Roteiro prático para conhecer Cunha (SP) em 5 dias

Cunha é o tipo de destino que agrada quem busca natureza, boa comida...

Cunha é o tipo de destino que agrada quem busca natureza, boa comida e uma dose de cultura local. Encravada na Serra da Bocaina, a cidade –a 227 km de São Paulo e 308 km do Rio de Janeiro– combina trilhas, ateliês de cerâmica e restaurantes autorais em um clima de tranquilidade e charme. Ideal para quem quer desacelerar sem abrir mão de experiências marcantes.

Apesar de tradicionalmente ser um destino muito visitado aos finais de semana, Cunha reserva atrativos que exigem mais do que dois dias para explorá-la.

Em cinco dias, é possível explorar trilhas com vistas panorâmicas, provar pratos feitos com ingredientes regionais, conhecer ateliês de cerâmica reconhecidos nacionalmente e ainda relaxar em cenários de lavandas e montanhas. Tudo com o ritmo tranquilo de uma cidade que preserva seu charme interiorano.

A Catraca Livre preparou um roteiro que mescla delícias gastronômicas —da truta à massa, do café à cerveja artesanal— com trilhas, cerâmica, campos de lavanda e cachoeiras. Siga o roteiro descontraído, mas com conteúdo, para viver Cunha de verdade.

1º Dia em Cunha

Comece o primeiro dia no La Taverne Bistro, na estrada para Pedra da Macela. Peça o Truta & Pasta, com filés de truta, talharim artesanal e azeite, e a linguiça de cogumelos flambada em cachaça envelhecida são boas credenciais para o almoço. O clima rústico-contemporâneo dá o tom inicial do roteiro.

Depois, dedique a tarde para visitar os ateliês Suenaga & Jardineiro e Casa do Artesão —ícones da cerâmica de Cunha, famosa pela técnica noborigama, herdada dos japoneses desde os anos 70. É possível acompanhar a produção e ainda levar para casa uma peça exclusiva.

O chá da tarde na Casa do Strudel é obrigatório. Além do tradicional apfelstrudel (strudel de maçã), servido com chantilly ou sorvete e um chá caseiro de maçã –receita da família–, vale experimentar uma versão salgada surpreendente e saborosíssima: o strudel de shiitake.

O dia termina em grande estilo com um jantar no restaurante Il Pumo, que surpreende pelos sabores autênticos da culinária italiana preparada com ingredientes regionais. Destaque para o talharim na manteiga com shitake e shimeji, linguiça artesanal e um toque de tartufo; e o Polpette della Nonna, servido com penne ao sugo.

2º Dia

O primeiro destino do segundo dia, se o tempo estiver bom, é a Pedra da Macela. Ela fica no Parque Nacional da Serra da Bocaina e, com céu limpo, presenteia os visitantes com uma vista panorâmica de 360º da região, incluindo Paraty (RJ) e a deslumbrante Serra da Mantiqueira. O acesso é por uma trilha pavimentada de 2,4 km, que pode ser feita de carro de segunda a quinta-feira e a pé nos demais dias.

Saindo de lá, vale uma parada para almoço no restaurante Kallas da Serra, onde é possível provar uma receita tradicional do interior paulista: porco assado na lata, como antigamente, acompanhado de arroz, feijão, couve e salada –tudo preparado no fogão a lenha.

À tarde, a programação continua com uma visita ao Olival, onde estão plantados quatro tipos diferentes de oliveiras e é oferecida uma degustação de azeite, com destaque para as características de coloração, acidez, aroma e sabor. No local, há uma lojinha com diversos produtos e uma grande área verde.

Para completar a experiência, os visitantes podem desfrutar de um piquenique entre as oliveiras do Sempre Olivas, com opções como: tábuas de queijos ou frios, burrata com tomatinhos e manjericão regada com azeite extravirgem, azeitonas temperadas e outras delícias. O destaque fica por conta do bolo de chocolate feito com azeite local, cuja textura é tão delicada e macia que derrete na boca.

Para o jantar, a pedida é o restaurante e ateliê Espaço Drão, bistrô com decoração aconchegante e pratos finos. Entre as opções de pratos principais estão rosbife de filé mignon ao molho de jabuticaba e lombo ao creme de leite com cogumelos e raspas de limão.

3º Dia

Já no terceiro dia, aproveite para ter momentos de relaxamento no Lavandário e no Contemplário, que proporcionam ambientes tranquilos entre jardins de lavanda e espaços zen. Depois almoce no charmoso bistrô italiano Raízes, que trabalha com ingredientes frescos e sazonais, colhidos ali mesmo. No menu há opções de massas, carnes e frutos do mar.

Café Moara é outra experiência gastronômica que merece atenção. Encanta com seus chás aromáticos e doces caseiros, como o clássico bolo de maçã e a inesquecível torta Basca – de queijo com casquinha caramelizada e um interior macio que desmancha na boca.

DO jantar nesse dia pode ser no Átrio Restaurante, que apresenta pratos modernos e bem elaborados, como o arroz de frutos do mar e raviólis recheados de tainha com molho de chupe de camarão e pimenta habanera opcional.

4º Dia

A experiência em Cunha segue no quarto dia com atividades como cavalgadas pelo Sítio dos Cavalos, onde os visitantes podem explorar trilhas e riachos da região, seguido de um almoço na Casa da Serra, cercada de natureza e muito bem decorada, com áreas internas e externas. No menu há opções como o risoto al mare, bobó de camarão, salmão com molho de maracujá e risoto de alçarão, entre outras.

Na parte da tarde, vale visitar cervejarias artesanais como Wolkenburg, Caminho do Ouro e Reale, que oferecem degustações.

O jantar pode ser no Bethlehem Cozinha Artesanal, cujos destaques do menu são o risoto de palmito com filé mignon ao molho do Porto; e o parmegiana de carne servido com arroz soltinho e batatas super crocantes.

5º Dia

O último dia pode ser dedicado a caminhadas no espaço Canto das Cachoeiras, que oferece uma série de percursos dentro da mata com diferentes extensões –atualmente são cinco trilhas sinalizadas e com níveis variados de dificuldade–, ou no Parque Estadual de Cunha. Além disso, a agência EcoJoy também oferece algumas opções.

Para o almoço de despedida, a dica é o Gamela Bistrô, que oferece menus especiais de três tempos — entrada, prato principal e sobremesa. Um exemplo é o menu Guaratinguetá, que inclui bolinho de feijoada, caipira e costela como entrada; filé mignon na redução de vinho com arroz à parisiense como prato principal; e petit gâteau de cacau com sorvete de creme.

Vale lembrar que Cunha oferece ainda muitas outras opções gastronômicas. Restaurantes como Veríssima BistrôQuebra CangalhaPorco & Pizza e Casa do Gentil e confeitarias artesanais como Delícias da Dri e Doceria da Cidinha também merecem ser explorados por quem busca novos sabores.

Onde se hospedar em Cunha

Para hospedagem destaca-se a Pousada Cheiro da Terra, localizada no centro, logo após o portal da cidade. A propriedade é um verdadeiro santuário artístico, com decoração que integra móveis esculpidos por artesãos locais e peças de diversas partes do mundo.

São 21 chalés de decoração rústica, com lareira e muito conforto, piscina com cascata, sauna semiúmida finlandesa, deck para contemplação do pôr do sol e restaurante, onde diariamente é servido o café da manhã.

Há ainda um ateliê onde o proprietário Marivaldo Rodrigues organiza bate-papos e realiza oficinas e sessões de queima de cerâmica, uma ótima experiência para os hóspedes. Por fim, é possível fazer massagens mediante agendamento prévio.

Por Revista Plano B

Fonte Catraca Livre      

Foto: Divulgação/Setur-SP

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