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Lula diz que será “candidato para ganhar” se disputar eleições em 2026

Na segunda participação no podcast Mano a Mano, do rapper Mano Brown e...

Na segunda participação no podcast Mano a Mano, do rapper Mano Brown e com a jornalista Semayat Oliveira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falou durante duas horas sobre política, economia, redes sociais e os rumos do país. O episódio foi gravado no último dia 15 e publicado nesta quinta-feira (19/6). Ao longo da entrevista, Lula reconheceu falhas na comunicação do governo, criticou a atuação das polícias nas periferias e não descartou disputar um novo mandato em 2026.

Durante a conversa , Lula disse que se estiver com a saúde e a disposição que está hoje, vai entrar na disputa para ganhar. “Eu vejo a extrema direita falando em Tarcísio, em Ratinho e em Caiado. Eles podem falar em quem quiserem, mas qualquer um terá que fazer mais do que eu.”

Lula disse ainda que sua gestão tem enfrentado obstáculos herdados do governo anterior, como o “orçamento secreto”, que segundo ele ainda não foi possível extinguir por falta de maioria no Congresso Nacional. “Já as emendas parlamentares, nós conseguimos um acordo para que elas sejam direcionadas aos projetos do governo.”

O presidente comentou os indicadores econômicos positivos do governo, como a queda no desemprego e o crescimento da indústria, mas admitiu que os efeitos ainda não chegaram à população. “O PIB da indústria cresceu, o emprego cresceu, mas isso não está chegando à população. Por isso que eu troquei a nossa comunicação. Agora a gente tem que baixar o preço do ovo, do café, para que os resultados do governo cheguem à mesa da população.”

Ele ainda abordou o escândalo dos descontos indevidos em benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), reconhecendo o impacto negativo na imagem do governo. Ele, no entanto, creditou à própria gestão o avanço das investigações que levaram à Operação Sem Desconto, da Polícia Federal. Segundo as investigações do Ministério Público, os descontos indevidos começaram em 2018 e se intensificaram na gestão de Lula em 2023. 

Regulamentação das redes

Sobre o ambiente digital, Lula disse acreditar que a regulamentação das redes sociais deve partir do Supremo Tribunal Federal. “O Congresso é mais vulnerável à pressão das empresas do setor”, avaliou. Ele também expressou receio quanto ao uso de novas tecnologias nas eleições. Dizendo estar “ muito preocupado” com o uso da inteligência artificial nas eleições de 2026, ressaltando que combater as distorções causadas pelo mau uso da IA deve ser prioridade da sociedade.

Combustíveis fósseis

Em outro momento da conversa, Lula comentou sobre a dependência mundial do petróleo. “Sou muito realista, o mundo não está preparado para viver sem petróleo”, disse, embora tenha reforçado seu apoio à transição energética.

Questionado sobre os desafios do início do mandato, Lula comparou a situação do Brasil ao cenário de destruição no Oriente Médio. “De vez em quando eu olho para a destruição na Faixa de Gaza e fico imaginando o Brasil que nós encontramos”, afirmou. Para ele, o governo anterior promoveu uma “destruição”.

Ao longo da entrevista, Lula também defendeu o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pela tentativa de aumentar a alíquota do IOF, limitando-se a dizer que “fez o correto”, sem entrar em detalhes.

Mesmo diante dos desafios, Lula demonstrou otimismo com o futuro da gestão. Segundo ele, até o fim do mandato, a população brasileira vai sentir a mesma ‘euforia’ de quando ele deixou o Planalto no governo Lula 2.

Por Revista Plano B

Fonte Correio Braziliense       

Foto: Reprodução/ Redes sociais

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