Após mais de duas horas de depoimento à Polícia Federal (PF), o líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), afirmou nesta segunda-feira (2) que o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se “autoincrimina” em suas declarações.
A PF investiga a atuação do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nos Estados Unidos com o objetivo de atingir o Judiciário brasileiro.
“Foi um depoimento longo, mas muito proveitoso. As declarações de Eduardo Bolsonaro, ele se autoincrimina. E tem intervenções que mostram claramente que aquelas reuniões que ele teve e acompanhada tiveram efeitos”, afirmou o parlamentar.
“Ele manda, por exemplo, para o deputado Cory Mills: ‘A continência. O senhor, veterano de guerra, cumpriu sua palavra e jogou uma bomba atômica no Brasil”, acrescenta.
Ainda em maio, Eduardo repercutiu um vídeo do secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, confirmando a possibilidade de análise de sanções do governo norte-americano ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A manifestação se deu em uma publicação no X, em que Eduardo também “parabenizou” o parlamentar dos EUA, Cory Mills, que foi quem questionou Rubio no Congresso.
Lindbergh também anunciou que pediu à Polícia Federal (PF) o bloqueio das contas do ex-presidente Jair Bolsonaro e de eventuais remessas de recursos a Eduardo. O líder do PT disse ter apresentado 600 manifestações do filho do ex-presidente.
O pedido para investigar o deputado do PL surgiu após Lindbergh Farias apresentar, em 22 de maio, uma representação pelos supostos crimes de atentado à soberania nacional, abolição do Estado Democrático de Direito e coação no curso de processo.
Por Revista Plano B
Fonte CNN Brasil
Foto: Reprodução/CNN