GIULIA PERUZZO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)
Dois imunizantes que servem de alternativa para prevenir a contaminação pelo vírus sincicial respiratório (VSR) foram aprovados pela Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias), e devem ser disponibilizados no SUS (Sistema Único de Saúde).
Os imunizantes Abrysvo (Pfizer) e Beyfortus (Sanofi) previnem contra o vírus que é o principal causador de bronquiolite e pneumonia em bebês.
Para garantir a proteção da criança desde o nascimento, a gestante deve tomar o imunizante da Pfizer entre a 24° e a 36° semana de gestação. Já a Beyfortus é aplicada diretamente na criança até os dois anos de idade. Terão direito a tomar o imunizante no SUS bebês prematuros ou com comorbidades.
A aprovação pela Conitec é um passo importante para a incorporação do medicamento no sistema público. O próximo passo é a publicação da decisão no Diário Oficial da União pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Sectics). Não há previsão para a distribuição dos imunizantes para as unidades de saúde.
A alta dos casos de infecções por VSR acontece entre os meses de março e julho, com exceção da região Norte, que é de fevereiro a junho. A bronquiolite é uma das principais ameaças à saúde dos bebês e principal causa de internações hospitalares no primeiro ano de vida.
A Sanofi afirma que, no Chile, a aplicação em massa do imunizante fez com que as internações por VSR diminuíssem em 95% durante a sazonalidade do vírus.
A vacina disponível no SUS hoje é a palivizumabe (AstraZeneca), indicada apenas para pacientes de alto risco. Esse imunizante é administrado mensalmente, por cinco doses. Além dos medicamentos para gestantes e bebês, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) também aprovou o imunizante Arexvy (GSK), indicado para idosos com mais de 60 anos.
Por Jornal de Brasília
