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quarta-feira, abril 23, 2025

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525 anos após chegada dos portugueses, cruz da primeira missa no Brasil marca presença na Catedral de Brasília

Foi em um 22 de abril que os portugueses chegaram ao Brasil. Quatro...

Foi em um 22 de abril que os portugueses chegaram ao Brasil. Quatro dias mais tarde, eles celebraram a primeira missa no país, tendo no altar uma cruz que, 525 anos depois, chegou a Brasília. Nesta terça (22), o artefato esteve à vista do público, em uma celebração na Catedral Metropolitana, presidida pelo bispo auxiliar da capital, dom Vicente Tavares.

A cruz está em peregrinação por cidades portuguesas e brasileiras para comemorar o jubileu da primeira missa. O primeiro dia do símbolo religioso na capital federal foi justamente no aniversário da cidade, 21 de abril, quando também houve uma missa na Catedral Metropolitana. Na manhã desta terça, a peça esteve na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), de onde foi levada a uma sessão solene no Congresso Nacional.

“Quando a gente vê, no dia de hoje, a cruz que esteve na primeira missa no Brasil adentrando o Congresso Nacional, adentrando o Palácio do Planalto, estando aqui na Catedral, que tem toda essa simbologia para o mundo — a Catedral emana o leite-mel espiritual para o mundo inteiro, assim como já houve a profecia de Dom Bosco —, eu digo que não foi uma coincidência”, afirmou a primeira-dama do DF, Mayara Noronha Rocha.

“Deus oportunizou esse momento, então é uma sensação muito forte, os sentimentos realmente ficam aflorados de estar diante dessa cruz, que data de 1500”, complementou Mayara, que acompanhou a celebração junto a deputados federais da frente parlamentar católica. “No ano de 2025 a gente ter essa cruz aqui, com certeza, é um refrigério para a alma, é um combustível de fé.”
A peregrinação é organizada pelo Movimento Brasil com Fé, junto ao Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor e o Instituto Redemptor. “A gente percebe a itinerância da cruz da primeira missa no Brasil como uma oportunidade de estabelecer uma conexão em torno dos valores em que a gente acredita”, destacou o padre Omar Raposo, reitor do Santuário Arquidiocesano do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro (RJ). “Pensando nessa itinerância, a gente pensa também na oportunidade que é gerada – de levar uma mensagem de paz, de amor, de afeto. O povo brasileiro é um povo resiliente, é um povo trabalhador e é um povo que sabe muito bem carregar a sua cruz”.

Fiéis encheram a Catedral para aproveitar a oportunidade de contemplar o artefato histórico. “É uma comemoração e tanto, é muito especial”, enfatizou a aposentada Iris da Mata, que foi à missa acompanhada pelo marido, Luiz Carlos da Mata. “Tem uma simbologia para o Brasil, significa demais para nós, católicos que somos. Temos muito respeito pelos 525 anos dessa cruz”, emendou ele.

Já o jardineiro José Mendes, que mora no Riacho Fundo II, aproveitou o dia de folga para poder ver a cruz: “Resolvi vir porque a gente viu anunciando na TV que ia acontecer essa missa aqui. É uma emoção muito grande, uma alegria estar aqui”.

Roteiro

A cruz fica em exposição permanente na Sé de Braga, igreja mais antiga da Península Ibérica, aberta em 1089. O artefato deixou a cidade no dia 12 deste mês e, ainda em Portugal, passou por Fátima, Cascais, Almada e Lisboa.

A chegada ao Brasil ocorreu na terça-feira (15), em São Paulo. Antes de vir a Brasília, a cruz passou por Cachoeira Paulista, Aparecida e Guaratinguetá, ainda no estado de São Paulo. Depois, seguiu para Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro e Maricá (RJ).

Ainda nesta terça (22), ela embarca para Belém (PA). Depois, será a vez de Salvador (BA). Na data exata do aniversário de 525 anos da capital baiana, a cruz estará exposta em Porto Seguro e Santa Cruz Cabrália, local da chegada dos portugueses ao Brasil e onde foi celebrada a primeira missa. No dia 27, o artefato retorna a Braga.

Por Fernando Jordão da Agência Brasília

Foto: Tony Oliveira /Agência Brasília / Reprodução Agência Brasília

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