A gestação é um período de intensas transformações físicas, hormonais e emocionais no corpo da mulher. Durante esses nove meses, o organismo se adapta para garantir o desenvolvimento saudável do bebê, exigindo atenção constante à saúde. Mesmo com o acompanhamento médico adequado e todos os cuidados recomendados, algumas mulheres podem enfrentar complicações que caracterizam a chamada gravidez de alto risco.
“Uma gestação é considerada de alto risco quando existem condições médicas/doenças pré-existentes ou desenvolvidas durante a gravidez que aumentam o risco de complicações para a mãe e/ou para o feto durante a gravidez, parto e/ou pós-parto. Essas condições incluem doenças maternas crônicas, histórico obstétrico desfavorável ou fatores relacionados à gestação atual”, explica Elton Ferreira, obstetra coordenador do Pré-Natal de Alto Risco do Vera Cruz Hospital, em Campinas (SP).
Causas mais comuns da gestação de alto risco
De acordo o Ministério da Saúde (MS), cerca de 15% das gestações são consideradas de alto risco no Brasil. As causas mais frequentes são:
- Diabetes gestacional;
- Hipertensão arterial (pressão alta);
- Doenças da tireoide e outras autoimunes;
- Gestação após os 35, ou antes dos 19 anos;
- Gestação múltipla (gemelares, trigemelares etc.);
- Gestações pós FIV (fertilização in vitro)
- Parto prematuro ou perda gestacional em gestações anteriores;
- Crescimento fetal inadequado.
“É importante esclarecer que, na maioria das vezes, as gestações de alto risco evoluirão bem. Para que isso tenha maior chance de acontecer, é imprescindível que essas gestantes sejam acompanhadas por um profissional especializado e capacitado no atendimento a gestações de alta complexidade e que haja um envolvimento multidisciplinar nesse cuidado”, conta Elton Ferreira.
Por Redação EdiCase
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